Resolvendo definitivamente as dúvidas sobre custo fixo e variável. Simples e objetivo. Para se perguntar depois: Por que eu não pensei nisso antes? 

custo fixo variável

Quando fazemos o planejamento das despesas é bastante comum surgirem dúvidas na hora de definir se trata-se de um custo fixo ou variável.

Este material tem o objetivo de ensinar, em 3 passos, como fazer essa definição, de uma forma simples e rápida:

1) Entenda qual a diferença entre fixo e variável

O que é custo fixo?

É aquele custo que você tem todo mês, independe se sua empresa operou/trabalhou, ou não.

Exemplos:
• Aluguel
• Salários
• Energia elétrica
• Telefone

O fixo aqui refere-se à frequência em que acontecerá.

A conta de energia elétrica, por exemplo, uma vez ativa pela companhia fornecedora, será cobrada mensalmente. Por isso, pode ser classificada como um custo fixo.

A frequência pode variar conforme o caso: mensalmente, semanalmente, anualmente, entre outras.

Não confunda com o montante cobrado.



O que é custo variável?

É aquele custo que acontece ocasionalmente, sem uma frequência certa. Geralmente acontece devido ao fato da empresa estar ativa, mas não necessariamente está vinculado só a esse fato.

Exemplos:
• Horas extras
• Comissões sobre vendas
• Juros pagos
• Multas
• Consertos em equipamentos

O variável aqui refere-se à frequência em que acontecerá.

Existem alguns casos onde o mesmo custo pode ser fixo e variável: imposto referente ao faturamento é um exemplo, quando a receita da empresa é gerada uma parte por entradas com contratos (fixos) e outra por entradas de vendas (variáveis).

Nesta situação, o imposto que será calculado referente as entradas de contrato pode ser classificado como um custo fixo. Já o imposto calculado referente as entradas das vendas, como um custo variável.

Investimentos

Existem também os custos que você pode decidir se deseja ou não realizar e que podem ser entendidos como investimentos.

Exemplos:
• Consórcio para renovação frota
• Empréstimo para aquisição equipamento
• Matéria-prima
• Compras parceladas de equipamentos
• Reservas para despesas futuras

Esses casos você pode decidir se deseja ou não realizar.

Inclusive, mesmo que não seja a melhor opção, geralmente é possível cessar o uso de recursos para os meses seguintes: se desfazendo do objeto comprado, vendendo um equipamento financiado, abortando temporariamente a ideia da reserva que estava sendo feita, entre outros. Diferente de um custo de imposto, por exemplo.

2) Tenha em mente a seguinte estrutura

Tenha em mente a seguinte estrutura:
(+) Receita
(-) Custo variável
(=) Receita líquida
(-) Custo fixo
(=) Lucro bruto
(-) Investimentos
(=) Lucro líquido

Receita = Total faturado no período
Custo variável = Total dos custos variáveis do período
Receita líquida = Sobra da Receita – custo variável
Custo fixo = Total dos custos fixos do período
Lucro bruto = Receita líquida – custos fixos
Investimentos = Total dos investimentos do período
Lucro líquido = O que realmente sobrou no período

Observe que esta estrutura permite visualizar quanto foi gasto realmente com cada um dos custos e identificar o lucro oficial, além de considerar o que foi investimento.

Para facilitar a compreensão, a seguir, a mesma estrutura agora com valores de exemplo:

Ao olhar para os números dessa forma, é possível perceber:
• quanto é o lucro do período (lucro bruto) e quanto usamos desse valor para investimentos;
• quanto realmente temos de despesa em cada grupo (fixo, variável e investimentos);
• como se comportam os custos ao longo dos meses;
• indevidas variações nos custos ao longo dos meses;
• a clareza em que se visualiza a saúde financeira do negócio.
Muitas vezes nos preocupamos com os resultados encontrados, mas estamos analisando as informações categorizadas de uma forma diferente do que deveriam.

3) Pense em seu controle e escolha como deseja ver suas despesas nele

Uma vez reconhecido os diferentes tipos de custos e investimentos e tendo em mente como funciona a estrutura básica de um controle financeiro fica possível olhar para as despesas e definir onde se encaixam.

Note que cada negócio tem a sua opinião sobre cada despesa. O objetivo de categorizá-las é chegar no mais claro controle financeiro possível, dentro da realidade da sua empresa.

Para definir onde se enquadra determinada despesa siga o seguinte raciocínio:

a) Com qual frequência ela acontece? (fixo ou variável)
b) É uma despesa que me foi imposta ou eu decidi tê-la? (é um custo ou investimento)
c) Quando eu visualizar meu controle do mês ela fará mais sentido onde? (fixo, variável ou investimento)

Desejamos que você consiga realmente determinar se seus custos são fixos ou variáveis com mais tranquilidade e facilidade a partir de agora!

Fonte: Jornal Contábil.