Como você bem sabe, o acompanhamento financeiro de uma empresa envolve uma série de aspectos legais, tributários e contábeis. Portanto, pensando na regularidade da sua operação, elaboramos este post especial em que explicamos os principais pontos e curiosidades na Norma IFRS 16.
O nosso objetivo é oferecer um conjunto de informações importantes para o seu cotidiano fiscal, demonstrando como esse padrão pode impactar positivamente na contabilização do seu lucro operacional. Portanto, não perca tempo e aproveite para aprender mais sobre o tema, refinando sua gestão. Acompanhe!
O conceito da norma IFRS 16
Em essência, a IFRS 16 é uma atualização complementar às normas internacionais de contabilidade — International Financial Reporting Standards. Eventualmente, a IFRS atravessa períodos de revisão, sendo pontualmente atualizada para aprimorar sua aplicação em todos os países que adotam o padrão, tal como o Brasil.
A IFRS 16 é uma dessas atualizações, que foi implementada ainda no início de 2019, modificando os parâmetros para a contabilidade de itens e eventos referentes ao leasing. Tecnicamente, o texto descreve novas regras e condições para registrar arrendamentos — tal como o aluguel de veículos, frotas, salas comerciais e ativos afins.
No curto prazo, a IFRS 16 tem como objetivo facilitar a identificação, medição e descrição desses contratos na contabilidade das empresas, eliminando vulnerabilidades e estimulando a transparência dos relatórios. Agora, confira um apanhado com as principais mudanças propostas pela norma:
- todas as locações devem aparecer no Balanço Patrimonial
— exceção a: ativos de baixo valor;
— exceção b: contratos de até 12 meses; - os contratos enquadrados pela norma precisam ser observados tanto na seção de ativos quanto na de passivos;
- com a IFRS 16, ativos e passivos devem ser divulgados nas Demonstrações de Resultados, separadamente;
- as parcelas dos contratos de arrendamento passam a ser contabilizadas como despesas com juros e amortização.
Por conta desses fatores, alguns conceitos mudam na contabilidade da empresa. Basicamente, as operações não contabilizarão mais despesas com aluguel, mas, sim, o registro de amortização do direito de uso do bem — o que passa a interferir no EBITDA da organização, que é a contabilização dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
O impacto da IFRS 16 na contabilização do lucro operacional
Porém, então, chega o momento de visualizar essa interferência de maneira prática. Basicamente, existem duas áreas contábeis que recebem o impacto dessa norma, modificando os resultados operacionais de maneira significativa. Em um primeiro momento, se percebe as alterações no Balanço Patrimonial.
A mais significativa aqui é o fato de que o valor contabilizado de ativo não circulante, os bens permanentes, aumentará. Inclusive, o mesmo acontece com os passivos, circulante e não circulante. Com esses acréscimos, a gestão perceberá uma alavancagem em seus indicadores financeiros. Já em um segundo momento, existem os impactos sobre as Demonstrações de Resultados. Com o novo padrão, tanto a depreciação do ativo quanto às despesas do passivo passam a ser consideradas. Isso causa uma influência direta sobre o EBITDA, alavancando o resultado operacional.
Fonte: Jornal Contábil