Número de lojas online cresceu 60% em abril.
Em meio à pandemia, os comércios foram fechados e o mercado precisou se adaptar a operar de acordo com o cenário do isolamento social. O resultado dessa soma de fatores é que o número de novas lojas online na Nuvemshop, plataforma de e-commerce, aumentou 60% na primeira quinzena de abril em relação aos primeiros 15 dias de março, segundo dados da plataforma.

 A alta no número de novas lojas abertas na internet pode ser explicada pela oportunidade de continuar operando em meio à quarentena e de seguir faturando com a alta das demandas. Isso porque, ainda com base no levantamento, em abril, com a manutenção do período de isolamento, os padrões de compras começaram a sair da área da saúde e foram expressivos nos segmentos voltados às necessidades básicas, entretenimento, materiais de escritório e cuidados com os animais.

Com isso, os consumidores buscaram mais comidas e bebidas (311%), produtos digitais (167%), brinquedos (144%), itens de cuidados para pets (75%), materiais de escritório (68%), roupas e acessórios (53%) e eletrônicos (39%) em comparação ao mesmo período do mês anterior. Apenas na semana da Páscoa, o crescimento foi de 81% nas compras em supermercados digitais. Ao todo, pelo menos até março, foram realizadas 13 milhões de transações a mais do que a média alcançada em anos anteriores, segundo relatório divulgado pelo Compre&Confie, do grupo ClearSale.



De acordo com a Associação Paulista de Supermercado (Apas), essas vendas continuam sendo a alternativa para que os consumidores não precisem se deslocar até os pontos físicos e permaneçam seguros em casa. Deste modo, os comerciantes que optarem pela abertura e manutenção de negócios online devem oferecer um catálogo de produtos organizado, com descrições informativas e com bom funcionamento em todos os dispositivos.

Outra etapa do e-commerce é integrar um sistema de entregas. Em abril, as procuras por sistemas logísticos e programas de delivery para esses trabalhos cresceu. A Delivery Direto, da Locaweb, afirma ter recebido 350 mil pedidos por mês de seus 1,8 mil clientes, por exemplo.

“O delivery tem se consolidado como uma tendência. No atual cenário, vemos o serviço também como uma opção, tanto para o restaurante que precisa manter sua operação saudável e pode contar com uma plataforma para ter maior organização e autonomia de operação, quanto para o cliente que quer receber suas refeições em casa”, explica Allan Panossian, cofundador e CEO do Delivery Direto.

Além desse investimento, os empreendedores que buscam novos ares em lojas online também precisam encontrar meios de protegê-las de possíveis roubos. Por isso, é recomendado ter um sistema antifraude no site para proteção, tanto a si mesmo, quanto aos consumidores que irão utilizar os serviços. 

Fonte: Jornal Contábil